quarta-feira, 21 de agosto de 2013



Não sei bem de onde saiu isso. Escapismo puro. Espero que gostem. Se não. Tudo bem. Farei melhores.

- Não sei por que você ainda se incomoda.
- Mas me incomodo. Sinto uma dor apertada no peito, uma ansiedade que parece não ter fim.
- O que você pretende fazer então sobre isso?
- Sei lá. Gostaria de sair gritando.
- Vai.
- Parece coisa de louco. É só um desejo bobo.
- Quer fazer o quê?
- Estar perto de minha família.
- Estão longe?
- Bastante.
- Quer um cigarro?
- Preferiria uma dose de rum.
- Não tenho aqui.
- Pena.
- Sabe, a gente bem que podia transar, então.
- Transar?
- É. É bom para aliviar a tensão. A ansiedade.
- Num sei. Minha cabeça está a mil por hora.
- Vai. Desacelera um pouco e pula em cima de mim. Me fode como se eu fosse uma vadia.
- Você bem que gostaria. Estou vendo.
- Claro que sim.
- Daqui a pouco.
- Vou pegar um café para você. Vê se você se anima.
- Pega lá. Mas antes, me beija.
- Nossa que beijo gostoso.
- Quero mudar de vida. Quero mudar mesmo.
- O que você precisa então?
- Não sei. Não sei por onde começar. Não sei se quero começar. Tenho receios. Tenho...
- Medos.
- É. Tenho medos. Vários deles.
- Deixa eu ir pegar o café. Espera um pouco.
...
- Toma teu café.
- Obrigado.
- Por que você não começa fazendo meditação?
- Meditação?
- É. Nós somos curandeiros de nós mesmo, se assim nos aprouver.
- Curandeiros de nós mesmos?
- Isso. Segundo Geshe Kelsang meditar é familiarizar nossa mente de maneira regular e profunda com um objeto virtuoso.
- Sei. Tipo uma busca pela paz interior?
- É, mais ou menos isso. Tem outras coisas como controlar a mente, superar problemas interiores.
- Nossa, não sabia que você era uma experte em meditação.
- Não sou. Só procuro aprender algo novo todo dia. E isso foi algo que aprendi há algum tempo.
- Sei.
- Bem, vamos transar ou não?
- Vamos.
- Pois vem. Vem me foder toda que eu estou um vulcão hoje.

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